O Lyon Feminino é uma das equipes mais dominantes do futebol feminino europeu, com sete títulos da UEFA Women's Champions League. Fundado em 2004, o clube francês estabeleceu um padrão de excelência, atraindo jogadoras de elite como Wendie Renard e Ada Hegerberg. Segundo dados da UEFA, o Lyon detém o recorde de maior goleada na competição (16-0 contra o Zurique em 2019).
Já o Benfica Feminino, embora mais recente (criado em 2018), vem mostrando crescimento acelerado. Em 2022/23, as Águias conquistaram seu primeiro título da Liga Campeões Feminina da UEFA, alcançando as oitavas de final. O clube português investiu €2 milhões em infraestrutura específica para o time feminino em 2021, demonstrando compromisso com a modalidade.
Estudos da Federação Portuguesa de Futebol revelam que o Benfica mantém uma média de 58% de posse de bola nas competições europeias. Seu esquema 4-3-3 conta com a velocidade de Jéssica Silva nas alas, que registrou 12 gols na última temporada da Liga BPI.
O Lyon, por sua vez, utiliza um 4-2-3-1 flexível. De acordo com a OPTA Sports, o time francês tem a melhor defesa da Division 1 Féminine, sofrendo apenas 8 gols em 22 jogos na temporada 2022/23. A experiente zagueira Wendie Renard lidera um setor defensivo que mantém média de 72% de duelos aéreos ganhos.
O jogo entre Lyon e Benfica reflete o crescimento global do futebol feminino. Dados da FIFA mostram que a audiência do torneio feminino aumentou 56% entre 2015 e 2023. Em Portugal, o derby entre Benfica e Sporting em 2023 atraiu 27.421 espectadores - recorde nacional.
Na França, o Lyon ajuda a impulsionar a profissionalização. Relatórios do Ministério do Esporte francês indicam que 92% das jogadoras do clube têm contratos profissionais completos, com salários médios 40% superiores à média da liga.
Especialistas da CIES Football Observatory projetam que o Benfica pode se tornar potência europeia em 3-5 anos, com seu investimento em categorias de base. Já o Lyon enfrenta o desafio de manter a hegemonia diante do crescente investimento de clubes como Barcelona e Chelsea.
O confronto entre essas equipes não é apenas um jogo, mas um marco no desenvolvimento do futebol feminino. Como afirmou Nadine Kessler, ex-diretora de futebol feminino da UEFA: "Estamos testemunhando uma nova era de profissionalismo e qualidade técnica no esporte".